Setor de obras continua “obrando”

Antes de mais nada, observe a data e o contexto da foto: fase final da construção da Escola Vera Lucia Vitali no bairro José Pugliesi; trabalhadores dão polimento no piso do pátio de recreação, tão amplo quanto a sua cobertura. Observe que a estrutura metálica termina quase rente a cobertura da varanda do refeitório. Ou seja, ela foi projetada assim e está do mesmo jeito desde que a obra foi inaugurada.

Fazem três anos que a escola está em funcionamento e, segundo o ex-dirigente regional de ensino Sr. Dimas Narciso, em toda a região de Barretos não existem melhores instalações.

Como se não bastasse o abandono da moderna quadra poliesportiva que deixamos quase pronta, mais R$ 100 mil de saldo para os acabamentos, agora as lamparinas apagadas da “tchurma do bem” resolveu enxergar problema que não existe também na cobertura metálica da escola. Interditaram o pátio onde as crianças brincavam e faziam atividades físicas (por falta de liberação da quadra), sob a alegação de que a cobertura estava cedendo e oferecia riscos, em virtude da proximidade da estrutura de sustentação com o telhado do refeitório. Repetiram a palhaçada da Avenida 5, decorando o local com fitas plásticas zebradas em preto e amarelo para impressionar alunos, pais e professores.

Alguma perícia ou laudo técnico confiável foi apresentado confirmando a situação de risco? É claro que não, tudo foi decidido no “olhômetro” e no “achômetro” do “obrador” oficial, mais a superdose de politicagem barata na tentativa de impor danos a imagem realizadora da administração passada. Não sei até onde vai a participação da direção da escola, coordenadoria de educação e do próprio prefeito nisso, mas essa situação não pode continuar assim. Não sei se a interdição do pátio ainda permanece, o que não pode continuar é a exposição de nossas crianças ao sol causticante para realização de atividades. Somente pelas fotografias – de antes e de agora – não há que se falar em problemas. Caso tecnicamente confirmados (acho muito difícil), têm que agir rápido e cobrar reparo urgente e gratuíto da empresa construtora, pois a obra ainda está em garantia. Nesse caso, torna-se ainda mais urgente a conclusão e entrega da quadra poliesportiva.

Dias atrás o construtor me disse que há meses já se prontificou a trocar – sem custo – os pisos danificados, principalmente pela umidade e falta de uso, mas a prefeitura não consegue fazer a sua parte (vedação lateral, acima das arquibancadas, com orçamento em torno de R$ 60 mil). Uma verdadeira ninharia, principalmente para a pasta da Educação.

Obs.: o projeto original não previu este fechamento nas laterais porque a quadra seria ladeada por outras duas importantes obras: vestiários/piscina semi-olímpica aquecida  e anfiteatro. Os projetos estão prontos e pagos. É só dar sequência nas obras do complexo.

Chega de terrorismo barato. Governar é coisa séria.